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Posts Tagged ‘Intervenção Precoce’

Boas Práticas em Intervenção Precoce

15 de Junho de 2012 Deixe um comentário

E quando atendemos crianças diferentes –  Como podem os profissionais orientar as famílias com criança com deficiência.

As crianças que se desenvolvem de uma forma harmoniosa e saudável são o melhor garante de futuro para qualquer sociedade. Porém, a pobreza, a exclusão social, a violência e tantos outros fenómenos com um forte impacto negativo no respeito pelos mais fundamentais direitos das crianças, encontram nelas ainda uma grande vulnerabilidade apesar de todos os instrumentos legais e sociais que foram sendo criados para sua protecção.

A brochura “E quando atendemos crianças diferentes” publicada  com o apoio da  Fundação Calouste Gulbenkian e com a colaboração do Professor Daniel Sampaio, vem dar continuidade a uma linha iniciada com a publicaçãoda brochura “Os Nossos Filhos São Diferentes”, e   foi preparada para dar resposta e orientação aos profissionais  que na sua actividade se deparam com crianças com necessidades de acompanhamento especial.

Obesidade Infantil

24 de Maio de 2012 Deixe um comentário

Por Henrique Nogueira

O aumento assustador do número de crianças com excesso de peso e mesmo obesas – isto é, com valores já considerados patológicos e mesmo irreversíveis – faz-me alinhar este pequeno conjunto de reflexões. Estes valores atingem já quase um terço de todas as crianças portuguesas. E vão hipotecar o seu futuro com todo o seu cortejo de acompanhantes: diabetes, hipertensão, problemas ortopédicos, diminuição da qualidade e esperança de vida.
Os riscos iniciam-se nos primeiros meses, quando o aleitamento materno até aos 6 meses não é a regra, quando o sal e o açúcar são introduzidos muito cedo e em demasia, quando a alimentação não é diversificada (não incluindo as sopas de legumes, as saladas e a fruta).
A confeção da comida em casa pelas mães ainda é uma medida educativa que se deve seguir. As crianças devem comer de tudo, tendo apenas de ter cuidado com as quantidades, ingerindo as calorias necessárias ao seu dia a dia, promovendo o seu crescimento harmonioso, sem ser necessário acumular.
A comida pré-confecionada – ou em lata, como se de comida de gato se tratasse – tal como a frequência da “fast food” são atitudes erradas. Os boiões com frutas… chocolates… tudo o que nos é posto diante dos olhos como rico em nutrientes deve fazer-nos desconfiar.
Mas a obesidade não é só consequência dos erros alimentares!

A falta de exercício físico, o excesso de tempo a ver televisão ou a jogar computador, as horas de sono insuficientes, quando combinados, são igualmente perniciosos.
Por último, compete especialmente aos pediatras vigiar e alertar para os primeiros sintomas do excesso de peso.
É hora de lutar contra esta verdadeira epidemia que se instala de forma tão insidiosa!
Médicos, pais e educadores devem ter uma atitude assertiva no sentido de ajudar a encaminhar corretamente as crianças no processo de aquisição dos seus hábitos alimentares.

Princípios básicos para uma ementa saudável

– Tomas as refeições a horas regulares.
– Comer devagar.
– Respeitar o número aconselhável de refeições diárias.

Pequeno-almoço e lanche
Leite com cereais, iogurte e sumos de fruta naturais.
Principais refeições
Sopa: sempre de legumes, variando o mais possível, habituando as crianças a paladares diferentes.
Pratos: de carne branca (frango, pato, peru ou coelho) ou de peixe (sardinha, cavala, atum fresco, salmão, pescada); cozidos, assados ou grelhados, com temperos simples, como ervas aromáticas, acompanhados com arroz, massa, leguminosas, como feijão, grão-de-bico, ervilhas, milho, etc.
Todos os pratos devem ser acompanhados por saladas frescas (tomate, alface ou outro), sem sal, temperadas com azeite e algumas gotas de limão.
Sobremesas
Fruta da época ou da região.
Bebidas
Água, sumos naturais de frutas, leite.

Permitem-se exceções, mas só em dias de festa!

‘Os Nossos Filhos são Diferentes’

23 de Maio de 2012 3 comentários

Este livro resulta de um projeto de  investigação/acção, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, com coordenação científica do Professor Doutor Daniel Sampaio, no âmbito das preocupações da Fundação com a intervenção nos primeiros anos de vida. O objetivo deste projeto centrou-se na promoção e identificação de boas práticas em intervenção precoce e no estudo do seu processo de construção.

Conceitos e práticas em Intervenção Precoce

18 de Maio de 2012 Deixe um comentário

SNIPI – Sistema Nacional de Intervenção Precoce

5 de Fevereiro de 2012 Deixe um comentário
O Decreto-Lei n.º 281/2009, de 6 de Outubro,  cria o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, abreviadamente designado por SNIPI, o qual consiste num conjunto organizado de entidades institucionais e de natureza familiar, com vista a garantir condições de desenvolvimento das crianças [entre os 0 e os 6 anos de idade] com funções ou estruturas do corpo que limitam o crescimento pessoal, social, e a sua participação nas actividades típicas para a idade, bem como das crianças com risco grave de atraso no desenvolvimento.O SNIPI é desenvolvido através da actuação coordenada dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, da Saúde e da Educação, com envolvimento das famílias e da comunidade.

O SNIPI abrange as crianças entre os 0 e os 6 anos, com alterações nas funções ou estruturas do corpo que limitam a participação nas actividades típicas para a respectiva idade e contexto social ou com risco grave de atraso de desenvolvimento, bem como as suas famílias.

O SNIPI tem os seguintes objectivos:

a) Assegurar às crianças a protecção dos seus direitos e o desenvolvimento das suas capacidades, através de acções de Intervenção Precoce na Infância (IPI) em todo o território nacional;

b) Detectar e sinalizar todas as crianças com risco de alterações ou alterações nas funções e estruturas do corpo ou risco grave de atraso de desenvolvimento;

c) Intervir, após a detecção e sinalização nos termos da alínea anterior, em função das necessidades do contexto familiar de cada criança elegível, de modo a prevenir ou reduzir os riscos de atraso no desenvolvimento;

d) Apoiar as famílias no acesso a serviços e recursos dos sistemas da segurança social, da saúde e da educação;

e) Envolver a comunidade através da criação de mecanismos articulados de suporte social

O  Decreto-Lei n.º 281/2009, de 6 de Outubro, revoga o Despacho conjunto nº 891/99 de 19 de Outubro.

IPI: Práticas centradas na família e nos locais de vida da criança

26 de Janeiro de 2012 Deixe um comentário

Intervenção Precoce na Infância: Práticas centradas na família e nos locais de vida da criança

A descrição pormenorizada de um caso desde a referenciação, passando pela avaliação da criança na família, até à planificação, implementação  e avaliação da intervenção.

Intervenção Precoce na Infância

22 de Janeiro de 2012 Deixe um comentário

O que é a Intervenção Precoce?
A Intervenção Precoce é uma medida de apoio integrado, centrado na criança e na família, mediante ações de natureza preventiva e habilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e da acção social com vista a:
a) Assegurar condições facilitadoras do desenvolvimento da criança com deficiência ou em risco grave de desenvolvimento;
b) Potenciar a melhoria das interacções familiares;
c) Reforçar as competências familiares como suporte da sua progressiva capacitação e autonomia face à problemática da deficiência.
Destinatários da Intervenção Precoce:
Crianças até aos 6 anos de idade, especialmente dos 0 aos 3 anos, que apresentem deficiência ou risco de atraso grave do desenvolvimento.

Referenciação:
A referenciação das crianças é feita às equipas da Intervenção Precoce, por solicitação da família, por profissionais da saúde, da educação e da acção social, bem como por profissionais de outros serviços ou de IPSS através de informação sobre a situação da criança e outra tida por conveniente.

Objectivos gerais da Intervenção Precoce:
a) Apoiar a família a alcançar os seus objectivos;
b) Promover o envolvimento e a independência da criança;
c) Promover o desenvolvimento da criança nas diferentes áreas;
d) Construir e apoiar as competências sociais da criança;
e) Promover a generalização das capacidades da criança;
f) Providenciar e preparar experiencias de vida normalizadas;
g) Prevenir a emergência de problemas futuros;

Eixos de Intervenção Precoce:
A complexidade dos problemas que as deficiências e as situações de risco colocam ao desenvolvimento global das crianças e à dinâmica familiar exige um processo integrado de actuação dos serviços da educação, da saúde, da acção social e dos parceiros envolvidos, que requer:
a) O envolvimento da família;
b) O trabalho de equipa;
c) O plano individual de intervenção.
O envolvimento da família implica a sua participação em todas as fases do processo de intervenção.
O trabalho de equipa deve ser orientado no sentido de responder às necessidades específicas da criança e da família, reforçando o seu envolvimento, autonomia e a capacidade de tomar decisões.
A atuação da equipa deve basear-se em relações de confiança entre profissionais e familiares e no respeito pela privacidade, valores e dinâmicas próprias de cada família.
Em situações especificas, pode ainda recorrer-se a apoios complementares diferenciados, nomeadamente terapias, desde que devidamente justificados e constantes do plano individual de intervenção.
O plano individual de intervenção tem de assegurar o envolvimento das famílias nos termos por estas determinadas e é elaborado a partir da avaliação da criança no seu contexto familiar.
Bibliografia:
– Decreto-Lei n.º 281/2009, de 6 de Outubro